É novembro. Quinze, mais especificamente.
Mas, o que isso quer dizer?
Nada; ao menos não até agora, quando me pus a refletir.
Mas pense bem: quantos quinze de novembro se vive ao longo da vida? No meu caso, 64… Se bem que, os primeiros deles devo ter vivido na minha mais total aleatoriedade, como qualquer um viveria este dia com um ano de idade ou um pouco mais…
Sem medo de errar, acho mesmo que os primeiros seis ou sete quinzes de novembro não valeram de nada em minha vida, pois só depois dos 7 fui à escola e, ainda assim, eles só passaram a ter algum valor para mim porque eram feriado – apesar de que, me lembro bem, muitas datas cívicas me obrigaram a sair cedinho da cama, embaixo da garoa (talvez essa memória seja de 7 de setembro, em que as garoas são mais constantes, nem me lembro mais). Saía para marchar, hastear bandeira ou só para cantar errado o hino… Foi minha contribuição neste mundo para uma boa parte dos quinzes de novembro que vivi – e era a minha ignorância alimentando a ignorância … Afora isso, esses quinzes de novembro são névoa (ou garoa fina) em minha vida.
Teria sido diferente se algo de lindo tivesse acontecido em algum 15 de novembro da minha vida: o aniversário de um amigo, o nascimento de um filho, uma data marcante qualquer… Mas, me perdoe, não me vem nada à mente.
Os livros de história dizem que foi um dia especial: há 135 anos um militar fez tombar o imperador absolutista… Olha, dito assim, não me parece nada bom…