Num mundo de histórias

Foto por Lisa em Pexels.com

Há alguns anos fiz um curso de Narrativa de Vida no Museu da Pessoa em São Paulo. Na verdade foram dois cursos, pois há algo que talvez você possa saber sobre mim: quando gosto de algo, gosto mesmo.

Era um tempo em que a gente podia se aglomerar numa sala apinhada de gente, andar descalça pelo grande salão, sentar sempre ao lado de alguém diferente, sair para almoçar com gente apenas conhecida há pouco… Fazer um lanche coletivo à sombra da árvore no quintal do museu… Conhecer gente cuja história de vida virou livro; passar a manhã de sábado contando e ouvindo histórias frente à frente, sempre se emocionando com a similaridade humana nas emoções e nas histórias.

Se você nunca viveu isto, deveria. Não há quem resista a uma boa história e acredite, não há quem resista à própria vida se não tiver alguém para contar sua própria história. “Uma história pode mudar o seu jeito de ver o mundo”.

Tudo o que aprendi e senti por lá levei para fora. Para a escola, para ser mais específica. Foi de uma generosidade sem tamanho. Sabe quando você não cabe em si de tanta alegria e certeza, e quer dividi-las com alguém que acha digno? Pois foi isto mesmo: repliquei todas as experiências narrativas que tive no Museu com os meus alunos – pequenos e grandes – e chegou um momento em que as experiências deles também as pude levar para lá.

Quando gosto de algo, gosto mesmo.

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