O tema deste post interessa a todos nós, embora muita gente pense que esteja restrito aos estudiosos na Academia ou aos especialistas e cientistas nas Instituições. Não. Este tema deveria ser muito mais popular, pois que toca a todo ser humano que habita este Planeta – ao menos se ele entender que moramos todos na mesma casa.
Falo de sustentabilidade?
Sim.
De Desenvolvimento?
Também.
De Ecologia humana?
Claro que sim.
Se a gente pudesse se afastar um pouquinho da Terra, deste Planeta comum, como o fazemos diante do espelho quando queremos nos ver de corpo inteiro – “se a camisa nos cai bem, se o lenço combina, se a cor dos sapatos ao menos contrasta ou valoriza os olhos…” Se a gente pudesse, a imagem, decerto, não nos agradaria: veríamos que algo não combina, não “bate”, sabe? Não harmoniza com a vida.
O futuro não é mais como era antigamente, pois que nos deram espelhos e vimos um mundo doente1.
É claro que este vírus mortal – que entrou sem licença em nossos cômodos, escolas, praças, cidades, estados, países, continentes e hemisférios- escancarou, ou ainda, ampliou a nossa falta de habilidade para harmonizar a vida. E nem é preciso dizer como. Ou porquê.
Mas é por causa disto tudo, desta nossa inabilidade permanente com a vida, por causa desta nossa tendência de nos iludir com o espelho, com o retrato que fazemos de nós mesmos, que trago aqui algo que é sim foco de especialistas e cientistas de toda a área, mas que se alheia do cidadão comum com o seu consentimento.
Se você chegou até aqui, peço-lhe mais uns instantes de atenção:
Eu não sei se você sabe, mas há 20 anos (ano 2000), 191 estados membros da Organização das Nações Unidas, a ONU, dentre eles o Brasil, estabeleceram 8 objetivos e 21 metas em uma tentativa de alcançar desenvolvimento em temas relacionados ao meio ambiente, direitos humanos e das mulheres, igualdade social e racial. Surgiam então os 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, os ODM.
“A partir dos ODM, implementados até 2015, surgiram diálogos e negociações que culminaram nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS (Agenda 2030), por meio de 17 Objetivos e 169 metas, acordados entre 193 países membros da ONU.2.
Do meu singelo ponto de vista, precisamos urgentemente olhar para esta agenda – e não apenas para conhecê-la, pois muitos ainda acreditam que ela é apenas um estudo teórico de questões que assolam o mundo há séculos e devem estar nos livros de geografia humana.
O que proponho converge com o tema deste post: quero propor que não apenas a gente conheça o cronograma tão apertado que temos para atingir estas 17 metas, mas, sobretudo, diante desta emergência planetária, pensemos todos em um outro objetivo de desenvolvimento; um ODS 18.
O ODS 18 colocaria luz às emergências deste novo e contexto do Planeta, sem desconsiderar nenhum dos 17 objetivos já listados. Algo como olhar para o espelho de corpo inteiro, sem se iludir; com a dose máxima de humanidade que nos cabe. O trabalho é grande e não pode se restringir às Academias e Instituições. Compete, toca e habilita a todos nós.
É hora de harmonizar com a vida.
Referências:
2. Histórico ODM — Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ODS (planalto.gov.br)